Por: Ana Claudia Marioto
O jogo era do Ajax.Com cinco minutos isso ficou claro em um gol do ponta direita, Jadiel. Olhar aquele gol, e a desestabilização que o Inter sofreu depois era de começar a soltar o grito de classificado.
O grito ficou ainda mais encorpado quando Jadiel marcou e, em seguida, seu parceiro Oswaldo também deixou o seu. O jogo estava fechado, era só o Ajax administrar. Atividade que talvez os jogadores ainda não tenham aprendido. “O cara pedalou, ainda falta muito pra acabar o jogo, ele precisam tomar cuidado...”, comentou o técnico Canarinho, Jefferson Nogueira, que acompanhava a partida de seus colegas do Ajax.
Talvez uma premonição de alguém que entende de futebol e não deu outra, a certeza da vitória atrapalhou os jogadores do Ajax que entregaram os pontos. Não adianta jogar muito no primeiro tempo e no segundo achar que está jogando com o sobrinho de seis anos, e que a hora que quiser ganha. Futebol é feito de consistência e principalmente de surpresas.
Foi um, foram dois, foram três gols. Assim, como no texto seguidos. O coração já apertava pensando nos pênaltis. Em uma jogada perigosíssima para o Ajax, o capitão, e camisa número 08 do Ajax, Luís Moreira confundiu-se sobre a sua função em campo e colocou a mão na bola, dentro da área. Resultado? Pênalti e mais um gol para o Inter. A virada doeu, foi real e serviu de lição para muita gente, que não entende que a graça do futebol é a imprevisibilidade.
O craque do jogo foi Jadiel, camisa 07 do Ajax, que deu o gosto da vitória para a sua equipe, mas que não conseguiu mantê-la..