Por Leandro Fabiano
Virou lei, parceiro: se é jogo Portelinha, teremos show do camisa 10, Mário. Depois de fazer o gols da classificação nas oitavas, ele decidiu novamente. Marcou os três gols do time no empate em 3 a 3 e converteu a sua cobrança nas decisão por pênaltis, a última da série. Ele é o cara. E mandou o Portelinha direto para as semifinais da Série A da Copa adidas Playball.
Partida começou ao som do tamborim, com o Samba comandando as ações. Não demorou muito para o time abrir o placar. Após cruzamento, o camisa 8, Diogo Fernandes, chutou errado e a bola sobrou para o 10, José Henrique, mandar para as redes.
Após o gol, o Portelinha acordou. Começou a criar algumas jogadas, todas iniciadas pelo camisa 10, o Mário. E saiu dos pés dele o empate. O camisa 5, Mazzi, fez uma lançamento sensacional do campo de defesa, à la Gérson Canhotinha de Ouro, e a bola chegou no ponto para Mário dominar e estufar as redes.
Mas parecia mesmo que o dia terminaria ao som do pandeiro. O camisa 5 do Futsamba, Mateus Verpa, recebeu no meio-campo e chutou colocado, na caixa. Golaço do Samba! 2 a 1. O resultado empolgou a equipe.
O primeiro tempo caminhava para uma vitória do Samba, mas é difícil prever algo quando existe uma tal de Mário em campo. Ele recebeu na ponta direita, puxou para o meio, tirou do marcador e chutou no canto. Empate do Portelinha, em lance digno de camisa 10.
A etapa final começou com o Futsamba indo para cima. O time mostrou que estava realmente com vontade de liquidar rapidamente a fatura. Só não contavam com o goleiro Igão, que estava inspirado. Evitou pelo menos uns três gols do adversário, duas vezes em chutes da pequena área.
Apesar de pegar tudo, ele não pôde evitar o terceiro tento do Samba. O camisa 11 Luan avançou em velocidade e cruzou na medida para José Henrique marcar. Mais um gol do camisa 10.
Jogo começou a ficar nervoso para o Portelinha. Mário pedia a bola e queria decidir de qualquer jeito. Samba ficou acuado e buscava apenas os contra-ataques – em um deles, o camisa 10 quase fez de bicicleta. Já o camisa 10 do Portelinha parecia ter cansado e estava errando demais, causando até irritação de sua equipe.
E quando esse repórter que vos fala pensava em escrever uma crítica mais forte ao craque, eis que os Deuses do Futebol resolvem me calar. Mário, o gênio da Copa Playball, limpou um adversário no meio campo, virou o corpo e chutou de chapa, no canto. Mais um empate do Portelinha, e mais um tento do 10.
Sem tempo para mais nada, o jogo foi para os pênaltis.
Penais
Luan bateu a primeira para o Samba, e desperdiçou. Bola bateu na trave, andou na linha e não entrou. Pelo lado do Portelinha, foi capitão Mazzi, que parou na defesa do goleiro adversário, Allyson Ribeiro.
Depois foi a vez do camisa 10 do Samba, José Henrique, ir para sua cobrança, a qual ele não desperdiçou. O Camisa 8, Felipe Prando, do Portelinha bateu em seguida e converteu a dele.
Agora era a hora das últimas cobranças. Primeiro foi o camisa 16 do Samba, Yan Beltrame. Ele chutou e... Igão defendeu. Sai que é sua, Igão! Depois era a vez dele, o Mário. Antes de bater, a torcida gritava: “Faca na caveira, Mário. Sem dó”. E o craque mostrou que é decisivo: bateu no canto e correu para o abraço. Vitória do Portelinha. Não teremos mais tamborim na Copa Playball, mas ainda teremos Mário.
Craque do jogo
Nem precisaria falar, mas o “cara” é ele, o Mário. A palavra é sua, craque. “Ultimamente eu só tenho a agradecer a Deus por ele me dar força. A melhor coisa que faço é jogar bola e é uma honra participar desse campeonato. O time do Portelinha foi muito bem e eu tive a felicidade de fazer os gols”, disse o 10.