March, 21 2016 — Vitória magra e atuação decisiva do goleirão colocam o Spartacus na semifinal

Ao Novaes, as semifinais

por Reinaldo Vieira

Sob um fortíssimo sol, Spartacus e Med Taubaté abriram as quartas de final na arena G-5, pela Série B da Copa adidas Playball.

Escrito a muito suor e acima do limite de caracteres aqui permitido, o roteiro terminou com vitória magra – construída ainda na primeira etapa – e um final feliz para os espartanos verdes.

Com um começo cauteloso, as equipes se estudaram bem nos primeiros cinco minutos para só depois atacar. Os primeiros golpes vieram do Spartacus, primeiro com o meia Fernando cortando jogada da esquerda para o meio e esbarrando no goleiro rival. Logo em seguida aos 7 minutos, Vitor Gomes abriu o placar, aproveitando bate-rebate após cobrança de falta e fintando dois defensores antes de chutar.

Com o gol marcado, o Spartacus começava a encontrar espaços em quadra e na defesa taubateana, que carecia de comunicação entre si e pediu tempo aos 15 minutos para se acertar na partida. E de fato, a parada fez bem ao Med Taubaté que enfim criou chances com Ricardo e Gustavo Madureira, raspando a trave e mais adiante sofrendo travada providencial na hora do chute.

Ao final do primeiro tempo com lances confusos em que ambos os times reclamaram faltas não marcadas, o jogo perdeu a mão e atletas de ambos os lados; Rafael e Gustavo Madureira foram expulsos após troca de farpas e confusão por um contra ataque rival que o meia espartano matou com um pontapé por trás.

“Os dois times tão se agarrando, então não tem como marcar falta pra quem gritar mais alto. Eu dei vantagem no lance e aí que a jogada parou eu marquei a falta”, comentou o juiz.

Dois minutos após a volta do intervalo, a punição acabou e os times retornaram com a formação original em quadra. O que ninguém esperava é que o jogo virasse drasticamente, com quase todas as ações vindas de um time só.

Precisando desesperadamente do gol, o Med Taubaté atacou com tudo no segundo tempo e tal qual um lutador de boxe, empurrou o adversário contra as cordas do ringue. Começava ali a brilhar a estrela do goleiro Brunno Novaes, exigido absurdamente pelo meio/ataque taubateano.

Várias chances de gol passaram pelos pés de Ricardo e Danilo mas a defesa verde seguia firme na luta, enquanto seu ataque vivia de lampejos com os isolados João Victor e Vitor Gomes.

Para a torcida e atletas do Spartacus, os últimos dez minutos foram de um drama e sofrimento que até mesmo o Galvão Bueno teria dificuldades em narrada. Era ter que aturar bola no pivô, em velocidade pela lateral, chute de fora, cruzada rasteira, cruzada pelo alto... Só faltou ouvir um “QUEM É QUE SOOOOBE?” nos instantes finais. Como realmente aconteceu.

Aos 25 minutos – naquele que foi talvez o lance mais emblemático – o Med Taubaté lançou bola na área e o zagueiro deu uma casquinha que quase matou Brunno. Na sequência do lance, Danilo pegou o rebote açucarado na entrada da área e viu uma recuperação espetacular do goleiro para evitar o empate e garantir a classificação verde.

“Não tem muito o que falar. Temos que parabenizar o goleiro deles, o cara catou até pensamento hoje. A derrota foi uma fatalidade, merecíamos a vitória pelo tanto que jogamos, mas futebol é assim né?”, lamentou o zagueiro Gustavo, que ainda comentou a breve história do Med Taubaté, fundado por uma turma de medicina na cidade do interior e que tem novos planos para fechar o grupo e participar de outros campeonatos.

Por outro lado, Brunno Novaes era só alegria: “O ataque funcionou quando precisou, nos postamos bem lá atrás e eu também tinha que estar atento lá pra garantir, mesmo com esse sol forte e o horário ruim (risos). Jogo duro, mas o que importa é a classificação para a semifinal. Chegamos bem longe e agora é impossível não sonhar com uma final e a chance de ser campeão. Vamos com tudo!”

 

Craque do jogo: Brunno Novaes


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